Há dois tipos de histeroscopia: a diagnóstica e a cirúrgica.

A histeroscopia diagnóstica ambulatorial é um importante procedimento na investigação da cavidade uterina, identificando alterações como pólipos, miomas e malformações do útero.

Já na primeira consulta de um tratamento de reprodução assistida é feito um ultrassom que pode sinalizar alguma anormalidade na cavidade uterina, daí a indicação para a histeroscopia. Além disso, antecedentes de curetagem, falhas de ciclo e alterações na histerossalpingografia, também são indicadores do exame.

A grande vantagem da histeroscopia ser realizada em ambiente ambulatorial é a da paciente não ter necessidade de realizar a internação hospitalar, possibilitando o retorno muito mais rápido de suas atividades de rotina. Além disso, 95% dos casos podem ser feitos sem a analgesia, restando os 5% as paciente que apresentam baixa resistência a dor, ou quando a paciente tem alguma estenose (obstrução) no canal cervical.

O momento ideal para a realização do procedimento é logo após a menstruação (na primeira fase do ciclo), quando o endométrio está mais fino e é possível visualizar pequenas alterações. Nesta fase, temos a certeza de que a paciente não está grávida.

Através do procedimento ambulatorial pode se avaliar, e muitas vezes já tratar várias patologias na cavidade uterina e canal cervical.  Dentre as principais patologias que podem ser tratadas destaca-se: pólipos uterinos e cervicais , miomas uterinos submucosos, avaliação do padrão endometrial quanto a resposta hormonal, avaliação do carcinoma endometrial, diagnóstico do sangramento uterino anormal, retirada de corpo estranho intra-uterino (como por exemplo: DIU perdido) e na avaliação da cavidade uterina pré realização da fertilização in vitro.

Procedimento

A paciente é colocada em posição ginecológica, e o histeroscópio (sonda com um sistema óptico ligado a uma fonte de luz e a uma câmera) é introduzido na vagina, possibilitando a visualização em tempo real do interior da cavidade uterina. O exame é rápido e, em geral, o incômodo é como o de uma cólica menstrual. Toda histeroscopia deve ser precedida por uma ultrassonografia pélvica, que fornece informações prévias importantes.

Histeroscopia cirúrgica

Quando a histeroscopia diagnóstica detecta doença cirúrgica, como pólipo endometrial, mioma submucoso, septo uterino ou endométrio muito espessado, indica-se a histeroscopia cirúrgica.

Esse procedimento tem os mesmos fundamentos básicos da histeroscopia diagnóstica. Porém, ela é feita em um centro cirúrgico, sob anestesia. Não há cortes, suturas ou cicatrizes, já que todo o acesso ao útero se dá através da vagina.