FERTILIDADE MASCULINA

1. O tratamento para o câncer afetará a fertilidade do homem ou do menino?

Sim. Na maioria dos casos, a fertilidade tanto do homem como do menino é afetada. Dessa forma, em adultos o mais indicado é o congelamento de sêmen antes do começo da quimioterapia. Já nas crianças, como não há produção de sêmen, a única alternativa é a criopreservação de tecido testicular.

2. Como e quando o paciente poderá saber se é fértil ou não após o término do tratamento? Existem testes para isso?

Por volta de seis meses após o término do tratamento, o homem deve colher um espermograma que apresentará as informações necessárias relativas à concentração, motilidade e morfologia dos espermatozoides, informando sobre seu potencial fértil.

3. Se a fertilidade não for preservada, existem alternativas para que ele possa ter filhos futuramente?

Atualmente, existem alternativas medicamentosas que podem ajudar em um aprimoramento espermático, porém os resultados em homens afetados por quimioterapia e/ou radioterapia não são muito satisfatórios. Quando comprovada a morte das células germinativas, a alternativa existente é recorrer aos bancos de sêmen.

4. Se for realizado o congelamento do sêmen ou tecido testicular, existe uma data limite para serem utilizados?

Não, tanto o sêmen quanto o tecido testicular não apresentam tempo limite de congelamento, podendo ficar congelados por muitos anos, sem prejuízo.

FERTILIDADE FEMININA

1. Os hormônios utilizados para indução da ovulação causam câncer?

Como a utilização dos hormônios na indução da ovulação é feita de forma rápida, por um período relativamente curto e depois descontinuada, acredita-se que não sejam capazes de causar câncer.

2. O que é FIV de emergência?

Fertilização In Vitro de emergência é o nome que se dá para o tratamento realizado de forma imediata, sem que se aguarde o início do período menstrual como no tratamento convencional.

3. Mulheres com câncer de mama podem utilizar hormônios para induzir ovulação e congelar óvulos antes da quimioterapia?

Para mulheres com neoplasias que podem crescer com hormônios, são realizados alguns cuidados durante o estímulo, como o uso de medicação que baixa os níveis de estrogênio. Estas mulheres podem congelar seus óvulos sem repercussão para a doença.

4. O tratamento para o câncer afetará a fertilidade da mulher ou da menina?

Sim. O tratamento oncológico, na maioria das vezes, afeta a fertilidade. Por este motivo, uma consulta com especialista em reprodução humana é fundamental. Recomenda-se conversar com o oncologista.

5. Como e quando a paciente poderá saber se é fértil ou não após o término do tratamento? Existem testes para isso?

No caso das mulheres, o retrato da função ovariana é dado pela avaliação de testes de marcadores hormonais, como dosagem sanguínea do hormônio folículo estimulante (FSH), estradiol e hormônio Anti-Mulleriano (AMH), além de testes ultrassonográficos, como a mensuração do volume ovariano e a contagem de folículos antrais (AFC). O retorno das menstruações é visto como um bom sinal, mas não garante retorno da fertilidade.

6. Se a fertilidade não for preservada, quais são as alternativas para que a mulher possa ter filhos?

Caso a fertilidade não tenha sido preservada e a mulher tenha entrado em um quadro de insuficiência ovariana pela quimioterapia, pode-se tentar induzir a ovulação e, caso não haja boa resposta, recorrer ao programa de doação de óvulos.

7. Se houver falência ovariana (menopausa pelo tratamento), quais serão os sintomas? Existe tratamento para isso?

Os sintomas da menopausa incluem a ausência de menstruação, irritabilidade, insônia, secura vaginal, diminuição da libido e ondas de calor. O tratamento para quem deseja engravidar, nestes casos, é receber um óvulo doado.