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Saúde mental e reprodução assistida: entendendo o impacto emocional

Os tratamentos de reprodução assistida são uma alternativa que traz esperança para pessoas inférteis que desejam formar uma família. No entanto, se em uma situação de dificuldade para conseguir uma gravidez natural bem-sucedida surgem sentimentos de desânimo, culpa, exaustão, isolamento social e pessoal, ansiedade e depressão, nos tratamentos de fertilidade essas sensações também são relatadas.

No texto a seguir, saiba mais sobre os impactos da reprodução assistida na saúde mental e como cuidar da saúde emocional durante o tratamento.

O impacto psicológico da reprodução assistida: visão geral

Enquanto muitos casais, quando são diagnosticados com infertilidade, apresentam altos níveis de ansiedade e depressão, tendo que aprender a lidar com o impacto emocional da dificuldade para engravidar, o próprio processo de reprodução assistida também está associado ao aumento dos níveis desses transtornos.

Estresse, depressão e ansiedade são alguns transtornos comuns entre casais inférteis. Vários estudos descobriram que a incidência de depressão em casais inférteis que buscam um tratamento de infertilidade é significativamente maior do que nos casais que não têm problemas de infertilidade, com estimativas de prevalência de depressão na faixa de 15% a 54%. A ansiedade também demonstrou ser significativamente maior em casais inférteis quando comparados à população geral (8% a 28%, respectivamente).

Injeções diárias, análise de sêmen, inúmeras ultrassonografias, tempo de espera pelos resultados e altos custos financeiros são considerados fatores estressantes pelos casais que buscam tratamento para infertilidade. Tais fatores estão associados também ao aumento do nível de ansiedade e depressão.

As emoções ou sentimentos mais frequentes em pacientes em tratamento de reprodução assistida incluem:

· Perda de autoconfiança e, consequentemente, de autoestima;

· Ansiedade, incerteza e dúvidas pela ausência de informações e garantias sobre o sucesso do tratamento;

· Isolamento social;

· Culpa e decepção com o próprio corpo – é comum se culpar e achar que o corpo não conseguiu atingir a gestação;

· Depressão e tristeza;

· Sentir-se incapaz de levar uma vida normal.

Como a saúde mental impacta os resultados do tratamento

O resultado do tratamento da infertilidade também pode ser influenciado por fatores psicológicos. Vários estudos têm examinado o estresse e o estado de humor como preditores de desfecho na reprodução assistida. A maioria desses estudos apoia a teoria de que o sofrimento está associado a menores taxas de gravidez entre mulheres que buscam tratamento de infertilidade.

Melhorando a qualidade de vida durante os tratamentos de fertilidade

Uma melhor qualidade de vida durante os tratamentos de fertilidade pode ser conquistada com a adoção de algumas estratégias. Dentre elas, destacam-se:

· Buscar acompanhamento psicológico com um profissional qualificado e experiente para aprender a lidar melhor com as emoções negativas associadas à infertilidade e ao tratamento;

· Adotar um estilo de vida saudável, o que inclui uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas, além de evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo;

· Compartilhar suas emoções com seu parceiro para que ambos busquem estratégias para enfrentar as sensações que são comuns aflorarem durante o tratamento;

· Encontrar um grupo de apoio. Compartilhar experiências pode ajudar a reduzir o isolamento emocional que pode surgir durante o tratamento;

· Manter-se informada sobre todas as etapas do tratamento;

· Encontrar atividades de lazer ajuda a reduzir o impacto da reprodução assistida na saúde mental. Yoga, meditação, caminhadas ou outras atividades ajudam a relaxar e a reduzir o estresse e a ansiedade;

· Cuidar de si mesma. Dedique um tempo para fazer coisas que lhe dão prazer.

Estratégias de coping para o estresse em reprodução assistida

As estratégias de coping são recursos cognitivos, emocionais e comportamentais que uma pessoa utiliza para lidar melhor com situações estressoras, que são bastante comuns diante de um diagnóstico de infertilidade e também no decorrer do tratamento de reprodução assistida.

O processo de coping envolve algumas estratégias que contribuem para esse enfrentamento, como:

· Administração da situação que está levando ao estresse, em vez de tentar controlá-la;

· Avaliação da situação;

· Mobilização de esforços cognitivos e comportamentais para lidar melhor com o momento;

· Desprender-se da situação;

· Ter autocontrole;

· Contar com suporte social;

· Aceitação de responsabilidade (reconhecimento do próprio papel na situação e tentativa de recompor o problema).

Apoio psicológico durante tratamentos de fertilidade

Quando o corpo é submetido a altos níveis de estresse ou desconforto, ele transforma essas preocupações em sintomas físicos. Isso pode ser danoso, pois a saúde física é fundamental para o sucesso de um tratamento de reprodução assistida.

O acompanhamento psicológico antes e durante o tratamento ajuda a gerenciar as emoções e a superar as expectativas, além de fornecer subsídios para que o paciente aprenda a gerenciá-las.

O apoio psicológico durante todo o processo de reprodução assistida auxilia no bem-estar da mulher e/ou do casal. Além disso, os psicólogos ajudam a reduzir os efeitos negativos de situações que geram desconforto, pois proporcionam uma resposta em cada fase do processo reprodutivo.

Eles ajudam a entender as emoções que surgem ao longo do caminho, como medos, incerteza sobre o resultado, ansiedade gerada por pensamentos recorrentes sobre se serão ou não bons pais/mães, sentimento de culpa, entre outros.

Aconselhamento para casais em tratamento de fertilidade

Quando uma pessoa procura uma clínica de reprodução assistida, tão importante quanto avaliar a experiência do médico e a infraestrutura do local é saber quais serviços de apoio a instituição oferece.

Grandes centros de reprodução humana contam com equipes multidisciplinares, que incluem nutricionista, psicólogos, enfermeiros, entre outros, para oferecer todo o suporte e as orientações necessárias desde a primeira consulta.

O acompanhamento psicológico nessa jornada vai ajudar a manter a tranquilidade do casal para que as emoções afloradas não impactem nos resultados do tratamento.

Conclusão

Sabemos que um tratamento de reprodução assistida pode despertar as mais diversas emoções e sentimentos no homem e na mulher. Mas para que ele obtenha o resultado desejado, é parte importante dessa jornada cuidar da saúde emocional.

Por isso, se em algum momento as pacientes sentirem que não conseguem lidar emocionalmente com o tratamento de reprodução assistida, recomenda-se que conversem com a equipe da clínica. Muitos centros contam com equipes multidisciplinares prontas para oferecer todo o suporte necessário.

O apoio psicológico nos processos de reprodução assistida favorece o bem-estar da mulher e/ou do casal, ajudando a minimizar os efeitos negativos de situações que geram desconforto, proporcionando uma resposta em cada fase do processo de fertilidade.

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